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2022-05-09

A Portos dos Açores. S.A. editou em 2013, na sequência das celebrações do 150.º aniversário do lançamento da primeira pedra de construção do Porto de Ponta Delgada (1861-2011), uma publicação com o título “O Porto De Ponta Delgada Da Vontade À Concretização”, da autoria da Professora Doutora Fátima Sequeira Dias, da Universidade dos Açores.

Recuando aos primórdios do povoamento dos Açores e da ilha de São Miguel, em particular, esta publicação apresenta as razões e as lutas históricas – incluindo a tendente à obtenção da incontornável “autorização régia” – que estiveram na base da construção do Porto de Ponta Delgada, descreve os diferentes projetos de engenharia e seus pareceres, os cálculos e os estudos económicos que foram tidos em consideração, explica as alterações que a obra pública foi necessariamente sofrendo, ao longo das décadas do desenvolvimento da empreitada, enaltece a importância da infraestrutura e a sua progressiva dinamização, acabando por deter-se, circunstanciadamente, acerca da criação e da atividade empreendida, ao longo de 82 anos, pela Junta Autónoma do Porto Artificial de Ponta Delgada, em resultado da promulgação da Lei n.º 1237, que a instituiu, a 11 de outubro de 1921.

Diz a autora, na introdução deste volume, “a construção do porto foi uma história de tenacidade e de heroísmo que honra a memória dos nossos antepassados. Ao longo de gerações, esses patriotas não deixaram de lutar para que a ilha de São Miguel tivesse um porto, porque a sua existência traria «um futuro brilhante a esta ilha de São Miguel», seria também «uma importante fonte de receita para o Estado e mais um padrão de glória ao nome português”. E acrescenta: “O Porto de Ponta Delgada foi, sem dúvida, a construção de maior envergadura no arquipélago dos Açores até meados do século XX. Daí, os adjetivos «colossal», «gigantesca» e «extraordinária» para caracterizar a «monumental» obra do Porto Artificial de Ponta Delgada que foi autorizada pela Lei de 9 de agosto de 1860.”

Conclui a Doutora Fátima Sequeira Dias, mais à frente, naquela mesma introdução: “O Porto Artificial foi um projeto completamente inovador para o tempo, escasseando os projetos hidráulicos para portos de abrigo em pleno Atlântico e, por isso, a sua construção exigiu soluções sem exemplo a imitar, repousando na competência e saber dos engenheiros portugueses as soluções técnicas mais arrojadas.”

“O Porto Artificial de Ponta Delgada, cuja primeira pedra fora lançada em [30 de setembro de] 1861, só ficaria concluído nos finais de 1943, enquanto decorria a Segunda Guerra Mundial. Nos anos sessenta, o Molhe de Ponta Delgada seria prolongado, graças aos investimentos da NATO, e em 2006, iniciou-se a empreitada de construção do Novo Terminal Marítimo de Passageiros de Ponta Delgada [‘Portas do Mar’], que seria inaugurada em 2008”, lê-se, entretanto, na contracapa deste volume com 294 páginas e formato de 26,5 x 30 cm, com uma tiragem de 500 exemplares, à altura.

Impresso em setembro de 2013 pela Nova Gráfica, Lda., ostentando design gráfico e paginação de Jaime Serra, o livro “O Porto De Ponta Delgada Da Vontade À Concretização” acha-se esgotado, devendo ser alvo, provavelmente ainda em 2022, de uma segunda edição.