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2023-08-29

A embarcação de recreio, “Anne S. Pierce”, com 32 metros de comprimento e 8 metros de largura, encalhou pela manhã do dia 24 de agosto, na bacia sul do porto comercial da Horta.

Após observar o local indicado a tripulação não se sentiu confortável com o mesmo, por isso, abortou a manobra e de uma forma aleatória procurou um outro local onde pudesse encostar. Assim, quando se aproximava da rampa do cais comercial, passou por um local com pouca profundidade, batendo no fundo e ficando encalhado pela popa.

Prontamente, a Portos dos Açores, S.A. (PA), com a embarcação “Eng. Tibério Blanc” tentou desencalhar e rebocar o iate, ainda que sem sucesso, manteve-se ativa no local do encalhe monitorizando possíveis focos de poluição, como fugas de combustíveis ou óleos, que pudessem ocorrer. A partir daí foram desenvolvidos contactos entre o agente, a autoridade marítima, e os meios operacionais da PA, tanto da marina como das operações portuárias para que houvesse prontidão no caso de ser necessário intervir e desse modo pudessem atuar no mais curto espaço de tempo possível.

Ao largar um dos ferros, o navio acabou por ficar estabilizado, ainda que encalhado. Após inspeção, efetuada por mergulhadores profissionais, o mesmo permitiu auxiliar a embarcação a movimentar-se pelos seus próprios meios, quando a maré voltou a subir, ficando esta completamente livre a meio da tarde.

2023-08-04

A Portos dos Açores, S.A. (PA), no âmbito das suas prestações do âmbito de serviço público, em apoio à Autoridade Marítima Nacional, prestou auxílio direto, sob orientação do Capitão do Porto de Ponta Delgada, que coordenou, a uma operação de reboque de barcaça que se encontrava à deriva a Norte da ilha de São Miguel e se aproximava muito rapidamente da costa, colocando em causa a segurança da navegação que ali ocorre e as operações de pesca que se verificam na zona.

Os meios da PA, através do rebocador “Pêro de Teive”, foram acionados após contacto da Capitania do Porto de Ponta Delgada, para que fosse promovida tal operação de reboque para distância afastada da costa, até cerca de 15 milhas náuticas, onde posteriormente aquela estrutura flutuante seria afundada, numa ação da Marinha Portuguesa, após ter sido comprovada a inexistência de substâncias ou produtos poluentes ou contaminantes para o ambiente marinho a bordo.

Esta operação do rebocador “Pêro de Teive” implicou a sua largada do Porto de Ponta Delgada pelas 04:00 da madrugada de quarta-feira da última semana, tendo pelas 9:00 horas sido iniciado o reboque da referida barcaça, intervenção que, no total, foi dado por concluída pelas 18:00 daquele mesmo dia, com o retorno do referido rebocador ao local de armamento.

Recorde-se que a barcaça em questão, com cerca de 60 metros de comprimento e 15 metros de largura, foi inicialmente detetada à deriva a cerca de 50 milhas náuticas (à volta de 93 quilómetros) a Norte da ilha de São Miguel e a 53 milhas náuticas (equivalente a 98 quilómetros) a Leste da ilha Terceira, tendo a sua presença sido comunicada pela navegação em trânsito na área, o que determinou que, desde 10 de julho, a mesma tivesse sido monitorizada pela Marinha Portuguesa e pela Autoridade Marítima Nacional, com recurso a meios navais e ainda com meios de deteção remota, via satélite.

2023-07-24

A Portos dos Açores, S.A. (PA) promove no próximo dia 30, domingo, um OPEN DAY no Porto de Ponta Delgada, durante o qual vai ser possível à população aceder à doca comercial e respetivos cais, bem como apreciar de perto as obras de melhoria da infraestrutura, levadas a cabo os últimos anos, num espaço, por regra, vedado ao público, por razões operacionais e de segurança.

Este OPEN DAY decorre entre as 14:00 e as 18.00 horas, devendo os interessados inscrever-se previamente através de hiperligação aqui disponível (https://forms.office.com/e/GQ5dGKSTrY), fazendo-se a concentração dos visitantes, na tarde do dia 30, junto ao Edifício (novo) dos Serviços Gerais da Portos dos Açores, S.A. em Ponta Delgada, localizado na face poente do Forte de São Brás, à Avenida Kopke.

A visita ao Porto de Ponta Delgada vai processar-se com utilização de uma viatura articulada/comboio turístico, sendo durante o percurso explicado aos presentes algumas curiosidades relacionadas com a construção daquela infraestrutura – que se prolongou entre a segunda metade do século XIX e primeiras décadas do século XX –, ao mesmo tempo que serão dadas a conhecer as particularidades atuais do funcionamento operacional do porto e diferentes aspetos relacionados com a segurança e a manutenção, que ali se colocam, quotidianamente.

O OPEN DAY do Porto de Ponta Delgada é uma iniciativa que se insere no conjunto de atividades desenvolvidas pela PA no âmbito do Projeto PORTOS, o qual é destinado a avaliar o caminho a percorrer com vista à autossuficiência energética de variadas infraestruturas portuárias em Portugal, Espanha, França, Bélgica, Reino Unido e Irlanda, tendo o apoio do Programa Interreg Atlantic Area, ao abrigo do Fundo Europeu para o Desenvolvimento Regional.

2023-07-17

A Portos dos Açores, S.A. (PA) reuniu, no final de junho, em Ponta Delgada, um conjunto alargado de especialistas de diferentes países e empresários e decisores regionais e nacionais envolvidos nas problemáticas da descarbonização e da autossuficiência energética dos portos, uma organização que envolveu cerca de 80 pessoas, entre presentes no local e participantes on-line.

O evento, que se desenvolveu ao longo de dois dias, e que assumiu um formato misto, entre seminário temático, mesa-redonda e workshop, subordinou-se ao tema genérico “Towards Carbon-free & Energy Self-sufficient Ports”, sendo resultado da participação da administração portuária açoriana num projeto transnacional denominado «PORTOS», que tem prazo para conclusão das suas diferentes iniciativas ainda até ao fim do corrente mês de julho, com financiamento do Programa Interreg Atlantic Area (ao abrigo do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional).

No seio dos presentes no acontecimento contou-se um responsável da CLIA Europe (Cruise Lines International Association), que apresentou uma conferência sobre a integração de recursos das energias renováveis nas operações dos navios de cruzeiros e um técnico da PLOCAN (Plataforma Oceânica das Ilhas Canárias), a infraestrutura científica e tecnológica destinada a acelerar o desenvolvimento de conhecimentos e tecnologias para o uso responsável e sustentável do oceano, que levou aos presentes o trabalho daquela entidade num banco experimental para energias marinhas renováveis, que está em curso no arquipélago espanhol.

Os desafios relativos ao fornecimento de energia sustentável a navios em ilhas e a perspetiva, neste mesmo âmbito, de um operador e produtor de energia, foram, por outro lado, temáticas aprofundadas pela empresa finlandesa Wartsila e pela EDA (Eletricidade dos Açores), enquanto o Presidente da Atlânticoline abordou a opção futura pelos navios elétricos nos Açores, no universo do transporte marítimo de passageiros entre as ilhas mais próximas que aquela empresa assegura.

A empresa francesa Safier Ingenierie, por outro lado, levou a este evento a sua visão sobre soluções de engenharia para energias renováveis em portos, enquanto a consultora belga IMDC (International Marine and Dredging Consultants) deu a conhecer a experiência da Bélgica na mitigação das alterações climáticas, bem como as suas adaptações a portos oceânicos e a Autoridade Portuária de Vigo, Espanha, abordou a temática do impacto das energias renováveis para os objetivos de criação de ‘portos verdes’.

O Presidente da Administração do Porto de Aveiro, fez, por seu turno, neste evento, a apresentação do plano de ação daquela autoridade portuária para a sustentabilidade, baseado na produção própria e no armazenamento de energias renováveis, enquanto a APRAM (Portos das Madeira) mostrou aos participantes como vai fornecer energia de fonte limpa aos navios de cruzeiro que escalam o arquipélago madeirense e, particularmente, o Funchal.

No segundo dia de trabalhos coube à Portos dos Açores, S.A. traçar uma panorâmica da relação das diferentes infraestruturas portuárias da Região com a problemática da energia, nas suas múltiplas vertentes, enquanto o impacto da descarbonização nos portos serviu de mote geral para uma mesa-redonda alargada que incluiu o Presidente da do Conselho de Administração da PA, a Diretora Regional do Ambiente e das Alterações Climáticas, o Presidente da Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada e um representante da Direção Regional da Energia.

Estes dias de trabalhos e avaliação das rotas a empreender nos portos rumo à descarbonização e autossuficiência energética envolveram, já no seu final, comunicações mais técnicas, por parte da Universidade do Porto – chefe-de-fila do Projeto PORTOS – , com a apresentação dos resultados deste projeto, bem como da MaREI-SFI – Centro para a Energia, Clima e Ambientes Marinhos da Universidade de Cork, Irlanda, assim como da INNOSEA (Consultores de Engenharia para Energia Marinha Renovável) e, ainda, da Universidade de Plymouth, Reino Unido, todos com apresentações sobre sistemas de apoio à decisão, ‘roadmaps’ e guias para a autossuficiência e sustentabilidade energética dos portos.

O evento “Towards Carbon-free & Energy Self-sufficient Ports”, que decorreu no ‘Pavilhão do Mar’ (empreendimento das Portas do Mar, ao Porto de Ponta Delgada) pode ser visto, na íntegra, em quatro vídeos disponíveis na conta da Portos dos Açores, S.A. na rede social YouTube, estando os trabalhos subdivididos entre manhã e tarde de cada um dos dois dias de conferências e apresentações, para melhor pesquisa dos temas de interesse.

O Projeto «PORTOS» foi lançado em 2019 com vista à implementação da energia ondomotriz, maremotriz, solar e eólica nos portos do Espaço Atlântico, para incidir em duas prioridades ambientais: a redução das emissões de gases com efeito de estufa e da poluição atmosférica, proporcionando soluções baseadas nas energias renováveis e para aproveitar o potencial energético das zonas costeiras do Espaço Atlântico da Europa. O «PORTOS» aborda o desafio comum da área atlântica do ‘velho continente’ relativamente à pressão que a indústria, a economia e a sociedade exercem sobre o ambiente, apesar de dispor de abundantes recursos naturais. Neste contexto, o mencionado projeto centrou-se no problema enfrentado pelos portos, que se confrontam com a poluição atmosférica e têm uma alta procura energética, enquanto os recursos de energias renováveis disponíveis in situ seguem sendo poucos explorados, ainda. Este projeto congregou parceiros de Portugal, Espanha, França, Bélgica, Reino Unido e Irlanda.

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